CARTA DE UM PAI CELESTIAL

Quando te levantaste hoje de manhã olhei para ti, diz Jeová. E pensei que desejarias falar comigo. Mesmo que fosse em poucas palavras, pedindo-me alguma opinião ou agradecendo-me por algo de bom que te aconteceu. Mas reparei que estavas muito ocupado/a em procurar a roupa que ias vestir para ir ao trabalho... 


Esperei novamente quando andavas atarefado em volta da casa enquanto te preparavas.

Eu sabia que tinhas alguns minutos para me dizer “Olá!”, mas estavas tão ocupado/a! A certa altura tiveste de estar 15 minutos sem fazer nada, exceto de estar sentado/a numa cadeira, vi-te então levantar-te e pensei que me ias dizer algo, que ias falar comigo, orar, mas não. Foste telefonar, chamar o teu melhor amigo, para saber da última pequena história.

     

Olhei para ti, enquanto ias para o trabalho e pacientemente esperei todo o dia. Com todas as tuas atividades no trabalho, suponho que estás tão ocupado/a que não tens tempo para me falar. Reparei nisso antes do almoço, pois quando olhavas em volta, estavas envergonhado/a e não falaste comigo: não, nem na hora de almoço! Olhas-te de relance para umas mesas mais longe e reparas-te que havia alguns dos teus amigos, uns irmãos teus, Testemunhas de Jeová. Eles estavam orando, mas tu, sim tu, tinhas vergonha e então não falaste comigo.

  

Ainda sobrava um pouquinho de tempo durante o dia e pensei que aproveitasses para falar comigo durante o regresso a casa. Pois parecia que tinhas um monte de coisas para fazer. Após teres feito uma dessas coisas tão urgentes, quando chegas-te a casa, ligaste a televisão. Quer dizer, não sei se gostas de televisão, mas passaste muito tempo diante dela, olhando para qualquer programa.

     

Esperei pacientemente enquanto vias televisão, comias o jantar, mas não falaste comigo!! Na hora do deitar, suponho que estás muito cansado/a. Depois de teres desejado boa noite à família, pulaste para dentro da cama e caíste no sono que nem uma pedra!

Talvez não faças idéia de que estou sempre pronto para te ouvir, diz Jeová, pois tenho mais paciência do que tu imaginas. Até mesmo gostaria de te ensinar como ser paciente com outros.

     

Gosto tanto de TI, que todos os dias esperarei um sinal, uma oração, um pensamento, um agradecimento de coração; sabes é difícil ter uma conversa em sentido único.

Bom, estás quase a levantar-te outra vez e mais uma vez vou esperar sem nada mais, do que AMOR por ti, esperando que hoje tenhas um pouquinho de tempo para falar comigo...
   

(Desconheço o autor do texto)