Neste dia cinzento apeteceu-me
escrever sobre ti. Olho a tua fotografia e lembro-me de um passado distante e
ao mesmo tempo, ainda tão recente. Parece que foi ontem que a nossa convivência
era quase plena no dia-a-dia das nossas vidas, mas já se passaram 9 anos desde
a tua partida.
E eu que pensei que a tua presença na
minha vida fosse para sempre... Permaneces ainda hoje na minha vida, mas não da
forma como eu gostaria que fosse. Hoje resta-me apenas lembranças das vezes que
saiamos juntas na pregação, das vezes que fomos ao cinema e de todos os fins de
semana que passei contigo e com o Pedro e o Tiago, os teus filhos. Hoje ainda
resides no meu coração e nos meus pensamentos, sinto saudades tuas e por mais
voltas que a vida dê nunca te esquecerei.
Podem ser precisos cerca de mil anos
para nos voltarmos a encontrar ou quem sabe mais ainda, não interessa! Eu tenho a certeza que nos voltaremos a
encontrar. Jeová prometeu
que todos os que estão nos tumulos memoriais voltarão a viver e eu anseio esse
dia para te poder abraçar minha querida irmã e amiga leal. (João 5:28, 29)
Ainda me custa suportar a tua ausencia,
nem mesmo todos estes anos foram suficientes para aceitare a tua repentina
morte. Se assim fosse hoje não estaria ainda a escrever tudo isto, mesmo
sabendo que é em vão, mesmo sabendo que não vais ler. Mas isto é uma forma de
desabafar e de expressar o que vai no meu coração.
Se eu pudesse pedir a Jeová um
desejo imediato, esse desejo era o de voltar a rever-te, no meu coração e nos meus olhos
estaria estampada a alegria por poder contemplar-te uma vez mais e dizer-te que
ainda me és muito especial, passaste a ser desde o primeiro dia que tive a
felicidade de te encontrar e fazeres parte da minha vida. Pois amigas como tu
são dificeis de encontrar! Espero encontrar-te novamente no paraiso prometido
por nosso pai Jeová Deus! Farei todo o possivel para estar contigo outra
vez! Tudo dependerá de mim!
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